sexta-feira, 23 de setembro de 2016

EDITORA PENALUX, O CHÃO QUE EM MIM SE MOVE


   "O chão que em mim se move", cuja capa está posta acima, pode ser adquirido no site da Editora Penalux, no endereço    www.editorapenalux.com.br ou pelo link: http://www.editorapenalux.com.br/loja/product_info.php?products_id=458. O exemplar custa R$ 34,00. 

LIVRO SEMPRE SERÁ UM BOM PRESENTE. O Natal se aproxima, adquira exemplares para presentear amigos e parentes. Sai barato e é um livro que não está à venda em livrarias físicas, o que o torna um presente especial. Vamos às compras!

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

RESENHA DE ELIESER CESAR PARA "O CHÃO QUE EM MIM SE MOVE"



   O escritor e jornalista Elieser Cesar publicou em seu blog "Salve, César" (eliesercesar.wordpress.com) uma resenha sobre meu livro de contos "O chão ue em mim se move". Recomendo a leitura, claro. E reproduzo abaixo alguns trechos:

   "A exemplo de William Faulkner, com o condado de Yoknapatawpha, Gabriel Garcia Márquez e sua  Macondo, Juan Rulfo e Comala, Juan Carlos Onetti e Santa Maria, o brasileiro Vicente Cecim, e Andara e  tantos outros lugares, reais ou fictícios, o escritor baiano Carlos Barbosa também tem, delimitada na carne e na alma, o seu atávico território literário: Bendiá, Bom Jardim, Ibotirama e, de modo mais amplo e fluvial, como um escrita que invade os afluentes  da memória, o rio São Francisco, o Velho Chico no qual navegam uma triste dama e uma esquadra de histórias já  contadas e ainda por contar.
   O terreno do autor dos romances A Dama do Velho Chico (2002) e Beira de Rio, Correnteza (2009), tributário das águas imemoriais do rio dos sertanejos, é o chão mítico de sua infância, vivida em Ibotirama e resgatada por um ficção fluvial no estilo (pois corre leve e solta, como as águas tranquilas) e , por vezes, revolta no conteúdo (como os redemoinhos da existência, nos quais muitos personagens acabam inapelavelmente tragados).
   Assim acontece também em O chão que em mim se move, livro de contos de Carlos Barbosa, agora lançado pela Editora Penalux. É uma coletânea de 13 histórias, algumas pungentes como o relato do menino ferroado pelos enxus, em “Era uma vez o Bendiá”, outras tristes, como a aventura do homem que testemunha a mãe embalar uma criança que morre  durante uma viagem de ônibus (“O Encontro), e até brutais como o sofrimento infligido ao povo ordeiro de uma pequena  comunidade por meganhas da ditadura militar  (“Queimada”). Todas, no entanto, com a marca de Carlos Babosa, um estilo ágil e cristalino, ao contar as alegrias e os dissabores do povo ribeirinho do Velho Chico, o rio da aldeia do escritor, as águas de Bendiá."

domingo, 18 de setembro de 2016

A COMITIVA, O CHÃO QUE EM MIM SE MOVE



     A noite fechou-se em volta de Onofre.
   Os barulhos da noite são imutáveis, variam apenas sequência e tom. Trinados, coaxares, latidos, miados, balidos, mugidos, turros, gemidos, suspiros, roncos, deslizares de lagartixa pelas paredes e telhas e principalmente estalos, muitos estalos, de diversas procedências, todos secos como seco é o pipoco de uma bala, alongam-se, sucedem-se, sobrepõem-se, aglutinam-se, entrechocam-se, embaralham-se fragilmente antes de os cantares de galos ordenarem o novo dia. Onofre ouviu-os todos durante a noite anterior, a mente a procurar um traço de ordem na anarquia da trilha sonora noturna.
   Onofre era um homem prático e sabia que não restava saída senão se preparar para o enfrentamento, mesmo a contragosto, pois se apreciava uma farra era porque não gostava da solidão de fugas e prisões. Era azeitar e carregar o revólver, e esperar, o que fez tão logo o dia se aprontou. Zaquia Bento viria, como de fato veio; traria homens armados, como de fato trouxe; e Angelina apareceria para tocar fogo nas brasas, como de fato apareceu e se fazia notar da cozinha.

   

Trecho do conto "A comitiva", de "O chão que em mim se move", de Carlos Barbosa, Penalux, Guaratinguetá/SP, 2016. O livro está à venda no site da editora (www.editorapenalux.com.br)

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

LITERATURA E AMIZADE


   Daqui a pouco saio para o Ceasinha. Lá encontrarei amigos para festejar o aniversário de um amigo. E mais tarde para o lançamento dos livros de Ruy Espinheira Filho e Eu Barbosa, cujos convites estão postos aí abaixo.
   O amigo que aniversaria não comparecerá ao almoço. Fisicamente. Mas tem estado ao nosso lado desde que se ausentou desgostoso e precipitadamente. Mário Vieira da Silva, o Mário Jegue, "digaí, biscoito!", aquele que aparecia para dizer que não viria... e ficava. Pessoa inesquecível por sua generosidade, paciência, surdez, desprendimento, disposição, disponibilidade, gosto pela vida e pelo riso. Um leitor criterioso e constante, um personagem impagável de causos fantásticos, igualmente inesquecíveis. Beberemos e comeremos em sua memória. Este será seu primeiro aniversário de ausência. Nós, os amigos que ficamos, pretendemos seguir festejando sua memória, a cada quinta-feira, enquanto não partimos também desgostosos dessa dureza de vida.
   E depois entregaremos os novos livros aos leitores. A literatura traz consigo essa condição: entrega de algo que se julga precioso e pessoal ao usufruto de outras pessoas. Ir ao encontro de um livro, tomá-lo nas mãos, abri-lo e com ele conviver durante horas ou dias, corresponde a travar uma nova amizade, ou a fortalecer amizade já existente. Estamos juntos, autor e leitor, para sempre irmanados em memória e referências. Na esperança, claro, de que sejam boas e positivas.
   Então foi assim: primeiro, festejar Mário; depois, Ruy decidiu trazer seus livros ao festejo; por fim, ficando meu livrinho pronto antes do previsto, juntei-me à farra literária neste dia tão especial. Esses livros Mário não lerá, mas neles está bem posto.  

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

RONIWALTER JATOBÁ SOBRE "O CHÃO QUE EM MIM SE MOVE"

 

   No texto que gentilmente escreveu para a orelha de "O chão que em mim se move", o escritor Roniwalter Jatobá lembra a condição de romancista do autor e o fato de este ser o seu primeiro livro de contos.

   "São treze narrativas curtas, porém tão interligadas e ao mesmo tempo independentes, que parecem partes de um romance. Têm como tema o mundo mítico do Bendiá, no vale do Rio São Francisco, recriando problemas antigos e atuais, em especial a violência e a miséria, como em "Joana e suas cercas", a história da velhota esperta e vingativa, ou em "A comitiva", relato onde ódio e vingança se misturam. Em todos os textos, o destino da migração. Para fugir daquele mundo, a busca por São Paulo, "na agonia doida pelas maravilhas de lá, dos empregos muitos, das lordezas".
   Na literatura, as beiradas do São Francisco foram pouco exploradas por outros artistas. Em O chão que em mim se move, contudo, elas são mostradas em sua essência, despertando nossa consciência para marcantes características pessoais e íntimas do povo brasileiro."

  Amanhã, Roniwalter Jatobá estará conosco no Ceasinha, festejando a amizade e a literatura. Registro aqui minha admiração por sua escrita e a alegria em tê-lo ao lado no lançamento de "O chão que em mim se move". AMANHÃ, NO CEASINHA, ENTRE 17 E 21 HORAS. APAREÇAM!

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

LANÇAMENTOS DIA 15.09 NO CEASINHA

Aí estão os convites para os lançamentos dos livros de Ruy Espinheira Filho, O príncipe das nuvens e Milênios. A data é 15 de setembro, quinta-feira.


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Em seguida está o convite para o lançamento do meu primeiro livro de contos, O chão que em mim se move, no mesmo dia, horário e local.

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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

OLIMPIADAS FINAL


   
   E o Lochte tá fazendo publicidade de alarme, dizendo que viaja muito etc, Mau gosto não tem pátria. Estupidez, também não.
   E a Hope Solo foi defenestrada da seleção norte-americana por ter chamado de "covardes" as adversárias suecas, que deram nelas um nó tático, como dizem os especialistas em futebol. Covardia dos dirigentes, um solo da Hope (trocadilho miserável) faz diferença em qualquer... gramado.
  No fim das contas, os australianos é que saíram bem na fita.
  Tivemos um herói típico brasileiro, o Isaquias, que saiu de Ubaitaba para arrancar três medalhas olímpicas. E ainda deu um susto na mãe, que pensou que seu menino havia morrido afogado, depois de uma das competições.
   O encerramento foi tão espetacular quanto à abertura. Tirei o chapéu para os "cariocas": abriram as portas para a cultura nordestina, como se a do Sudeste não fosse suficiente para abrilhantar a festa. Confesso que fiquei emocionado com a sequência de músicas nordestinas, quando "a ema gemeu no tronco do juremá". E com a a baiana Marienne de Castro, ensopadinha, tão bonita quanto a pira olímpica. 
   Aliás, a pira giratória foi a peça mais bonita e a menos explorada midiaticamente. Ficou aprisionada no Maracanã desde a abertura e só foi vista (e mal vista) nos jogos de futebol e na cerimônia de encerramento. Uma pena.
   Para encerrar, o francês La-vilania continua batendo o pezinho, despejando amargura e ressentimentos. Pobrezinho. Haverá outra Olimpíada daqui a quatro anos. É só seguir saltando... e não perder o Braz de vista.