sábado, 13 de dezembro de 2014
Ê BALANCÊ BALANCÊ - 2014
Ainda vivo, até escrever estas.
Muitas e nem sempre boas.
Junto a minha filha, minha irmã, minha amada,
e o universo de cada uma,
arranjo mió que bom.
Nenhum livro publicado.
Um livro em revisão.
Um outro livro prestes.
Menos viagens que as desejadas.
Menos visitas que as possíveis.
Mais médicos que os necessários.
Bem mais leitura do que deveria.
Pouco dinheiro, óbvio.
Mas ainda vivo, até estas linhas.
Menos silêncio que o prometido.
Algumas perdas inevitáveis.
Alguns ganhos inesperados.
Uns e outras merecidos,
uns e outras, castigos.
Um conto na revista da Academia.
Uma participação na FLICH,
outra sobre Jorge Amado.
Estudantes afilhados em Seabra.
Amizades fortalecidas,
outras esmaecidas.
Mas ainda vivo, até aqui.
Uma honra inaudita em ser esquecido
pela oficialidade.
Uma honra inaudita em ser lembrado
por amigos e parentes.
Dias com minha madrinha,
outros com minha terra, minhas águas e
meus mortos.
Idas à Colônia Treze, a Lauro,
a São Paulo, à Chapada, a Feira.
Outros lugares num mesmo lugar.
O mesmo homem renovado
e deliciosamente atormentado.
Um ano que vai, um que por certo virá,
e que talvez me levará até um outro
que adiante me aguarde.
Vivo, ainda, até este ponto.
E tudo sendo um misto quente
de realidade e ficção,
com uma bucha de sena no meio,
pronta pra arrebentar com a partida.
Apostas feitas, talheres nas mãos:
2015 tá na mesa.
(Ponto de seguimento).
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Carlito, esqueci de assinar: Didi.
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