Um livro café com leite.
Leitura interessante, que fiz durante a semana passada. Fiquei com dores nos ombros, normal.
Tratado de Tordesilhas, sesmarias, províncias e ponto. Senti falta de mais informações sobre a expansão territorial, configuração dos estados, territórios, incorporação do Acre, coisas assim.
A luta pela Independência da Bahia, o nosso 2 de julho, teve um registro em quatro linhas, encerrado com um displicente "tida como a data cívica de emancipação local". Sentiram?
O sertão seguiu ignoto, inexplorado, mencionado pelo olhar de Euclides da Cunha, quando do fratricídio de Canudos. Uma menção rápida ao "ciclo do couro", mas sem dados relativos aos currais do São Francisco, seus rebanhos gigantescos no período colonial e sua importância para as economias de Bahia e Minas. E, bem adiante, ainda tive que "aturar" a informação de que o gado que abastecia as Minas Gerais, no auge das lavras, vinha do Rio Grande do Sul, sem menção alguma ao gado do Piauí e do São Francisco. Apois, não sou historiador.
Muita futrica palaciana, muitos dados importantes, belíssima iconografia, uma obra aberta, como querem as autoras.
Mas um livro café com leite. A última linha do livro confirma.
Brasil: uma biografia, de Lilia M. Sc hwarcz e Heloísa M. Starling, 1a. edição, Companhia das Letras, 2015, 694 pgs.
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