domingo, 28 de outubro de 2012
ESTAMPAS DO TEMPO
Domingo de eleição. Hoje, não voto.
Volto aos inseparáveis LPs.
Vital Farias, paraibano de Taperoá, cantou "Canção em dois tempos (Era casa, era jardim)" e "Caso você case", gravação do selo Polyfar, de 1985.
Hélio Contreiras, com sua voz mansa, abriu o leque de suas "Estampas Eucalol" (que Xangai tornou conhecida de todos), em gravação do selo Estilingue Invenções, de 1990.
Agora, deixo rolar o bolachão da Banda de Pau e Corda, "Redenção", canções que deram sentido a muitas noites de minha adolescência. Lembro do meu amigo Juazez, ao violão, "Maria tomando banho / nas águas claras do rio", passando várias delas na brisa do cais de Ibotirama. O disco é de 1974, da RCA Victor.
Clássicos.
E eu, que ainda me espanto com o lixo que cobre a superfície contemporânea, mergulho nesse mais profundo da alma nordestina. A beleza cavada na dor. A fartura ofertada pelos que nada possuem em volta de si mesmos, apenas jorram. Cada pingo um pote, como canta o Zé.
Imagem: Bol Fotos, bonecos do Metre Vitalino.
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Só com a beleza cavada na dor para a gente suportar as eleições cavadas de maus políticos e tantas ilusões...
ResponderExcluirbeijos :)