domingo, 7 de abril de 2013

JUVENTUDE


em paris
queima carros nos arredores
depois filosofa
na margem nublada do rio

na hélade estupidificada
faz tremer o piso de ruas milenares
na sobrevida entre capital e política

n'áfrica, na terra santa,
numa escola americana, no metrô londrino,
na guerrilha covarde do terror
a todo instante mata e morre
por caolhos fuzis e bombas surdas
por algum paraíso distante

na brasílica seara
úmida e embatucada
mata e morre por migalhas
por um breve baile de rua
onde levanta a mão, vai até o chão
e canta ê-ô-ê-ô

talvez isso explique feliciano

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