JUVENTUDE
em paris
queima carros nos arredores
depois filosofa
na margem nublada do rio
na hélade estupidificada
faz tremer o piso de ruas milenares
na sobrevida entre capital e política
n'áfrica, na terra santa,
numa escola americana, no metrô londrino,
na guerrilha covarde do terror
a todo instante mata e morre
por caolhos fuzis e bombas surdas
por algum paraíso distante
na brasílica seara
úmida e embatucada
mata e morre por migalhas
por um breve baile de rua
onde levanta a mão, vai até o chão
e canta ê-ô-ê-ô
talvez isso explique feliciano
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