Segunda-feira, dia aziago. Dia de preparos e desconcertos. Ontem foi um desses dias. Idas e vindas, correrias, horários pra cumprir, choques pra tomar na fisioterapia e a bendita instalação da internet, finalmente.
Os "técnicos" chegaram. Parecia o time do Bahia: um lá, outro cá; um fala, outro não ouve; um indaga, outro não entende; um puxa, outro segura. Abri as duas portas do apartamento para facilitar o desencontro da equipe, não me culpassem por nada depois. E fiquei calado, pois costumo estranhar certas atitudes táticas desmantelosas.
Negócio trabalhoso, fazendo suar a perfumaria dos rapazes, atiçando a fome e a vontade de logo zarparem do campo de jogo. Aceitei a sugestão (achei prudente aceitar) de colocar o modem na sala etc. Conectaram fios, luzinhas se acenderam e piscaram. Pensei: o jogo tá ficando bonito.
Pediram meu notebook esmolambado. Programação do modem. Tentativas. Outras tantas. Pediram um palito de dente. Isto mesmo: um palito de dente!!! Eu em silêncio: ainda bem que não foi palito de fósforo, cá não tenho desses. Enfiaram o palito num buraquinho do modem, desprogramou-se o danado (sozinho, claro). Trocaram o modem, enfim. Luzinhas acenderam e piscaram. Modem programado no notebook, ou algo assim. Conexão firmada ad infinitum. Eu esfregando as mãos.
Claro que a internet não foi acessada de imediato. Dali a 40 minutos o sinal seria liberado. Guardei na bochecha o "como assim?", vamos em frente. Papel pra assinar, tudo certo, era só esperar. Duas horas depois, cansei de esperar. Ligações feitas, o remédio era agendar uma visita técnica para o dia seguinte, hoje.
Então era hora de ir ali, depois acolá, fazer isso e aquilo (PRECISO ENVIAR O IMPOSTO DE RENDA, PORRA!), e encerrar o dia no lançamento de "Cidade singular", novo livro de contos do Mayrant Gallo. Compramos três exemplares e na hora de pagar com o cartão, o golpe final: senha suspensa. Segunda-feira, dia dos enfartos.
Bem, as boas notícias ficaram pra hoje: a senha foi suspensa por precaução bancária, já tenho uma nova. E desta vez tocou hoje a campainha um profissional que corrigiu as merdas feitas no dia anterior pela dupla de armadores do Bahia, e uma hora depois o milagre se fez. Eu, de volta à internet.
Beleza de crônica, Carlos. Ainda bem que no final deu tudo certo e você está de volta à internet. Um abraço.
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