ESPERANÇA
O que dilata tempo e narinas.
Parecença de sonho.
Descola do chão duro corpos.
Instala o riso em penumbra.
Cega, desarrazoada, prenhe.
Acrescenta brasa e sopro.
Cessa aqui, nasce acolá.
Aura.
Amplia passos, ignora abismos.
Empurra, alevanta, avoa.
Ninguém constrói, brota.
Escorre, exala, ignora.
A esperança também se cansa.
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