Nasci velho, nunca remocei.
Dias se aboletam em meus ombros, vivo a suportar.
Este sou eu: zarolho e manco, de forma geral.
Gostava de ser feliz, estado que jamais reconheci.
Vejo menos a cada dia; assim também descompreendo pessoas e mundo.
Nada diferente do ano que passou, deste que passa; talvez do que virá.
Prometo-me tentar, pelo menos isso ainda consigo.
O quê, não sei bem. Mas tentarei.
Se chegar lá, se lá eu percorrer inteiro.
Nasci velho, velho seguirei.
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