Quatro anos depois da humilhante derrota da Seleção Brasileira, por 7 x 1, diante da Alemanha, nas semifinais da Copa do Mundo de 2014, em pleno Mineirão, em Belo Horizonte, sete contistas brasileiros e um alemão entraram em campo para revisitar aquele jogo histórico. O resultado é a coletânea Sete a um, que serã lançada no próximo sábado (dia 05), das 15 às 19:30h, na Biblioteca do Instituto Goethe, no começo do Corredor da Vitória, em Salvador. Replay de um jogo inesquecível? Muito mais que isso, já que cada autor reconta a partida do seu jeito, e a ficção permite distorcer e até modificar a realidade.
Pelo time do Brasil foram escalados os contitstas Cláudia Tajes (A vida é um eterno descenso), Carlos Barbosa (Glorinha toda solta), Elieser Cesar (O hexa de meu pai), Lima Trindade (Oito de julho), Luis Pimentel (Gertrud), Marcus Borgón (O resto do mundo) e Mayrant Gallo (O que houve depois). O gol de honra alemão coube a Hans-Ulrich Treichel (Foucault, Freud, Futebol). Organizada pelos escritores Tom Correia e Lidiane Nunes, a coletânea é uma coedição da editora baiana Dália Negra e da capixaba Cousa. Ela traz ainda um ensaio sobre futebol da professora de Literatura Alemã da Universidade de Leipzig, Dagrun Hintze. A orelha do livro é assinada por Cláudio Lovatto Filho, uma das maiores referências nacionais em literatura sobre futebol. A capa de Sete a um é do artista plástico carioca Marcelo Frazão e a versão dos textos do alemão para o português de Erlon José Paschoal, tradutor de grandes escritores germânicos, como Goethe, Brecht e Holderlin.
Segundo os editores, "a ideia de trazer para o livro o placar invertido foi, desde o início, a essência vital: sete brasileiros dariam, através de um conto, a sua versão pessoal daquele evento fatídico, cabendo a um só escritor alemão a chance do gol de honra". Nisso, acrescentam, "estava a ironia, a brincadeira: a derrota em campo se converteria numa vitória literária, para os dois países".
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