Depois de ler umas 70 páginas do romance "Glória", de Victor Heringer, na nova edição da Cia das Letras, posso dizer que o Brasil perdeu este ano um grande escritor. Não um jovem escritor. Muito menos um escritor promissor. Mas um grande escritor. Desses que impressionam pela profusão criativa, de recursos, de conteúdos, de habilidades com a linguagem, de estabelecer conexões, interconexões, o escambau, como quem conta um causo mantendo sempre acesa a brasa sem aparentar esforço (assim como Gal canta). E graça com a desgraça, pois entre sarro e sisudez sabemos que abrir picadas na galharia espinhosa exige lâmina afiada e couraça rija.
O Brasil perdeu um grande escritor.
O Brasil perdeu um grande escritor.
Fica provado, assim, que Deus é, era, gago.
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