"Faz alguns anos que acompanho os escritos curtos de Carlos Barbosa, mas só hoje constato como tudo virou uma espécie de mania, hábito renovado a cada visita aos seus antigos blogues. Uma das coisas mais admiráveis na sua arte, sucinta ou caudalosa, é a sonoridade poética que ele enxerta nas entranhas da prosa, cadência harmoniosa que faz flutuar tudo ao redor: cidadãos que assistem a vida da janela, casas de cumeeira, veículos que passam pelas avenidas.
Nos minicontos, Carlos deflagra uma síndrome de Estocolmo literária. Sem alternativa, o leitor sequestrado pelas primeiras tramas - algumas radicalmente curtas e, por isso mesmo, desconcertantes - se vê impelido a virar página após página sem conceber o que o aguarda: tomado pela mão, torna-se um feliz cúmplice da narrativa barbosiana. Preciosidades como "Boca", "A primeira bola", "Silêncios", "Cães na laje quente" ou ainda os dilemas vividos por "J. o herói do sertão" fazem de nós afortunados coautores involuntários, bem-aventurados pagadores do próprio resgate. Ao final de cada fragmento de "A segunda sombra", nos tornamos todos seriais. Somos capazes de tudo para ler uma nova história e nos flagramos cada vez mais insaciáveis."
O contista Tom Correia escreveu o texto acima para as orelhas de "A segunda sombra". Registro aqui o meu mais forte agradecimento ao Tom, um dos mais importantes prosadores baianos da contemporaneidade. Em breve teremos o seu livro de contos "Sob um céu de gris profundo".
Nos minicontos, Carlos deflagra uma síndrome de Estocolmo literária. Sem alternativa, o leitor sequestrado pelas primeiras tramas - algumas radicalmente curtas e, por isso mesmo, desconcertantes - se vê impelido a virar página após página sem conceber o que o aguarda: tomado pela mão, torna-se um feliz cúmplice da narrativa barbosiana. Preciosidades como "Boca", "A primeira bola", "Silêncios", "Cães na laje quente" ou ainda os dilemas vividos por "J. o herói do sertão" fazem de nós afortunados coautores involuntários, bem-aventurados pagadores do próprio resgate. Ao final de cada fragmento de "A segunda sombra", nos tornamos todos seriais. Somos capazes de tudo para ler uma nova história e nos flagramos cada vez mais insaciáveis."
O contista Tom Correia escreveu o texto acima para as orelhas de "A segunda sombra". Registro aqui o meu mais forte agradecimento ao Tom, um dos mais importantes prosadores baianos da contemporaneidade. Em breve teremos o seu livro de contos "Sob um céu de gris profundo".
Muito que bem. Felicitações renovadas (e para o Tom também). Aquele abraço.
ResponderExcluirQue orelha, hein? Adorei a "síndrome de Estocolmo literária". Abraços.
ResponderExcluirUma das mais incríveis orelhas que já li. Desde sempre disse.
ResponderExcluirCarlos, nobre amigo,
ResponderExcluireu que agradeço, mas quem merece todas as felicitações do mundo é você por mais este belo trabalho (e que capa!). Dia 18 estarei lá, para te dar aquele abraço...
CArlos, estarei lá. Por uma bela coincidência, estarei no centro da cidade sábado pela manhã. Será uma alegria conhecer vcs dois. E pra melhorar ainda mais, sair de lá com seu livro.
ResponderExcluirbeijo
Martha
PS: Isso já não é mais uma orelha, mas ou "orelhão". Merecido.
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