"E por ter me atrevido a chegar a este ponto, vou buscar no prosador norte-americano que se tornou inglês, Henry James, um trechinho de "Os anos médios": "Trabalhamos no escuro - fazemos o que está ao nosso alcance - damos o que temos. Nossa dúvida é nossa paixão e nossa paixão é nosso ofício. O resto é a loucura da arte."
Trabalhamos no escuro. Fazemos o que está ao nosso alcance. Damos o que temos. Parece ser esse um conjunto primordial da atividade do escritor. O resto é a loucura da arte, o extrato em que é preciso atuar e alcançar como resultado. E para tanto, acredito eu, não deve ser suficiente ao escritor abrir o peito e despejar o que dele escorrer ou escapar, mas, sim, descer a nossas zonas mais sombrias, aos nossos infernos íntimos, em busca do ramo de ouro, para consagração de sua própria entrega à aventura da escrita, para a devida oferta a quem, por ventura ou desventura, vier a conhecer seu trabalho. Pois é fato que nossa dúvida é nossa paixão e nossa paixão, nosso ofício.
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A mediação da mesa acabou sendo feita por Thiago Prado, poeta e professor da Uneb, pois o professor José Welton foi convocado a participar de uma outra mesa. A mesa também não contou com a participação do Emmanuel Mirdad que, por problemas incontornáveis de última hora, não pode comparecer.
Na plateia, marcaram presença uma parte dos alunos do Centro Educacional de Seabra, escola que agora me tem como padrinho literário. Mais tarde, no Café Literário, quando cometi o desastre de cantoriar a capela "A piaba e o tucunaré", entreguei aos alunos exemplares de meus livros, que serão estudados na escola. Uma visita minha está prevista para o final do ano ou começo do ano que vem, quando conversaremos sobre os livros e a literatura em geral. Um belo projeto da Uneb/Seabra, que encampei de imediato.
Tudo indica que a FLICH vai ficar no calendário de eventos culturais da Chapada Diamantina. Parabéns à professora Iranice e todos os que, com ela, idealizaram e organizaram a Festa Literária.
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