O escritor e jornalista Elieser Cesar publicou em seu blog "Salve, César" (eliesercesar.wordpress.com) uma resenha sobre meu livro de contos "O chão ue em mim se move". Recomendo a leitura, claro. E reproduzo abaixo alguns trechos:
"A exemplo de
William Faulkner, com o condado de Yoknapatawpha, Gabriel Garcia Márquez e
sua Macondo, Juan Rulfo e Comala, Juan Carlos Onetti e Santa Maria, o
brasileiro Vicente Cecim, e Andara e tantos outros lugares, reais ou
fictícios, o escritor baiano Carlos Barbosa também tem, delimitada na carne e
na alma, o seu atávico território literário: Bendiá, Bom Jardim, Ibotirama e,
de modo mais amplo e fluvial, como um escrita que invade os afluentes da
memória, o rio São Francisco, o Velho Chico no qual navegam uma triste dama e
uma esquadra de histórias já contadas e ainda por contar.
O terreno do autor dos romances A Dama do Velho Chico (2002)
e Beira de Rio, Correnteza (2009), tributário das águas
imemoriais do rio dos sertanejos, é o chão mítico de sua infância, vivida em
Ibotirama e resgatada por um ficção fluvial no estilo (pois corre leve e solta,
como as águas tranquilas) e , por vezes, revolta no conteúdo (como os
redemoinhos da existência, nos quais muitos personagens acabam inapelavelmente
tragados).
Assim acontece também em O chão que em mim se move, livro de
contos de Carlos Barbosa, agora lançado pela Editora Penalux. É uma coletânea
de 13 histórias, algumas pungentes como o relato do menino ferroado pelos
enxus, em “Era uma vez o Bendiá”, outras tristes, como a aventura do homem que
testemunha a mãe embalar uma criança que morre durante uma viagem de
ônibus (“O Encontro), e até brutais como o sofrimento infligido ao povo ordeiro
de uma pequena comunidade por meganhas da ditadura militar
(“Queimada”). Todas, no entanto, com a marca de Carlos Babosa, um estilo ágil e
cristalino, ao contar as alegrias e os dissabores do povo ribeirinho do Velho
Chico, o rio da aldeia do escritor, as águas de Bendiá."
Que beleza! Parabéns!
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