sexta-feira, 15 de março de 2013

PAPA: NOVA ORDEM


A ideia me veio de chofre: a eleição de um Papa de 76 anos indica uma Nova Ordem na sucessão papal. 

Em uma instituição milenar, multinacional desde os primórdios, prenhe de homens doutos, as decisões são sempre planejadas, não podem resultar de golpes de sorte ou azar.  Embora garantam ser escolha direta de Deus.
 
Mas,  que Nova Ordem seria essa?

Primeiro: a sucessão papal deve se dar mais amiúde. 

Segundo: a renúncia papal deve ser medida costumeira sempre que o Papa adoecer grave e cronicamente.

Por consequência, o Papa a ser eleito deve ter idade aí pelos 75 anos.

Mas por que isso?

Porque o Vaticano mobiliza a mídia mundial durante semanas, de forma positiva e expectante, a cada conclave para a eleição de um novo Papa; a mídia e a população global, nos mais distantes rincões.

A exposição obtida em forma de propaganda gratuita, em mercado global, corresponde a um investimento de, imagino por baixo, centenas de trilhões de dólares, a se considerar a quantidade de veículos de comunicação (tv, rádio, internet, jornal, revistas etc.) e as horas de cobertura ao vivo e em gravado e entrevistas com especialistas e mesas de debate. Algo precioso demais para ser ignorado pela inteligência da Igreja Católica.

Nada mais adequado aos interesses de crescimento e fortalecimento da Igreja Católica, portanto, que ter um novo Papa a cada, digamos, 8 ou 10 anos, um período equivalente ao de um presidente eleito e reeleito.

Por isso será preciso eleger amiúde um novo Papa com idade já avançada, como o Papa Francisco. Nada de Papas sessentões, joviais, longevos, reformistas animados.

Por isso mesmo a renúncia entrou na rotina papal para não mais sair e ser usada sempre que o Papa em exercício perder sua "funcionalidade".

Parece ser esse o projeto inaugurado (e pensado?) por Bento XVI.

Em 2020 talvez tenhamos um novo conclave, do qual emergirá um Papa eurasiano setentão.

Será? Essa é uma ideia horrorosa ou plausível? 

Eu, que sou um cinquentão, talvez não veja nada disso acontecer. Tudo talvez não passe mesmo de golpes de sorte, de azar, de vento, de estado, Divino.

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