quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

BEBÊS DE "AMOR À VIDA"


Tudo começou com Paulinha: nasceu num banheiro sujo de bar para ser jogada numa caçamba de lixo.Mais tarde, foi sequestrada, levada para o Peru, onde quase foi atirada de um penhasco. Cresceu, ficou bem.

Depois, outros vieram:

1) a Palhacinha, Mary Jane, vive aos cuidados da avó materna, vendedora de hot-dog que não tem empregada doméstica, e fica na casa da avó paterna, vez em quando. As duas avós trabalham e namoram muito. O pai, raramente, aparece; a mãe, agora ex-BBB, ignora a filha. Quem cuida dessa criança nas inúmeras horas de necessidade?

2) o Fabrício, nascido de barriga de aluguel, tornou-se pivô de um conflito entre a mãe e os pais. Levado pra cá, arrastado dali, sequestrado (raptado, na linguagem da novela), ouve gritos, sofre apertões, toma banho de lágrimas. Esse, pelo menos, é cuidado por uma babá e recebe amor e carinho de um dos pais. Mas tem sofrido, a criaturinha;

3) e há o filho da Aline com o dr. César. Odiado pela mãe, vive largado em meio à porcaria, ouve sussurros pavorosos da mãezinha, sofre maus-tratos, já ficou desnutrido. De vez em quando, alguém vai cuidar dele, mas se dá mal por causa disso.

Alguém ali odeia bebês.

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